Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações. Pois assim como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, também por meio de Cristo transborda a nossa consolação. 2 Coríntios 1:3-5
Deus é extremamente gracioso. Há graça abundante e sempre há consolo em seu toque! Existe uma história bíblica que é extremamente tocante para mim. Ela parece estar na minha pele, não consigo revivê-la sem me emocionar bastante. Ela fala daquela mulher de Marcos 5:24-34, uma mulher anônima no meio da multidão.
Acho incrível entrar na mente dela. Tentar reviver o que talvez ela pensou. Ela sabia do que Ele era capaz, já tinha ouvido falar muito sobre as maravilhas que fazia, como curava, sim, ele podia curar! Ele era o Messias! Será que Ele podia ouvi-la? Talvez se ela gritasse bem alto, mesmo de longe? Mas eu podia ficar perto do portão, à beira da estrada. E se eu o encontrar bem cedo? Mas Ele? Ele não pode me tocar. Será que por minha causa ele ficaria imundo? Não sou digna, como chegaria tão perto? Ahh, "Se eu tão-somente tocar em seu manto, ficarei curada".
A mulher era privada de uma vida social, do convívio da família, do toque, do carinho, do marido, filhos, de andar com suas amigas e de se alegrar com elas, de jogar papo fora, das companhias e de ser companheira e de comemorar suas datas importantes, de conversar com estranhos, de andar no meio da feira. Não tinha mais saúde, não tinha mais dinheiro, não tinha mais reputação, não tinha mais valor, não tinha mais nada, ela era imunda!
Era uma mulher que vivia o agravo da doença junto com a incapacidade da cura e do consolo. Que dor!
Mas tinha algo incomparável! Um chamado irresistível, uma sensibilidade incomum, pois ao toque do desespero, Ele reagiu. “Mas Jesus continuou olhando ao seu redor para ver quem tinha feito aquilo. Marcos 5:32” Ele a notou, a chamou, Ele quis saber quem era ela, pois dEle mesmo saiu poder de cura. Ele era o Deus de toda consolação! Dele jorrava água viva, pura e purificadora! Ele a chamou de filha, e falou da sua fé... e sarou seu coração!
“Ó meu Senhor gracioso, é maravilhoso demais saber que permites que minha fé ponha em ação o Teu divino poder de curar e salvar! É um doce conforto lembrar que tu sabias tudo a respeito daquela mulher calada, arrastando-se furtivamente atrás de ti, para apoderar-se de uma bênção até mesmo de Tua veste; mas é também um alívio maior entender que permitiste que os dedos trêmulos dela abrissem, por assim dizer, as comportas de Teu amor eterno, de modo que o espírito, a alma e o corpo fossem inundados de uma só vez com a graça e o favor celestiais e com perfeita paz e perdão! Ó Senhor Jesus, faltam-me palavras para exaltar Tua maravilhosa compaixão, Tua piedade e amor indescritíveis; mas te suplico, agora, que atraias outras pobres pessoas "anônimas” aos Teus pés amados, para que elas também possam ser curadas!”
Palavras de Susannah, reflexões cristãs sobre o sofrimento. Por Susannah Spurgeon (1832-1903).

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