ONDE AS ESTRELAS SE BANHAM...



“Fosse eu um poeta, escreveria um poema no qual este mar sem ondas e sem espuma — o Firmamento — onde nadam as estrelas, terminaria. Ali, se pudéssemos aportar e atracar o nosso navio, talvez pudéssemos ver coisas maravilhosas — mais maravilhosas do que os mortos — vivos — e estarrecidos diante de nós”.
(Trecho de Viagem Sem Fim, Natalício Barroso) 

Há momentos em que penso que o mundo não tem lógica. Sei que a queda nos trouxe maldição, a terra envelhece e tudo parece ruir, mas as coisas mais óbvias como o caminho do sol, por exemplo, virou guerra intelectual e os livros já não respondem ou talvez foram feitos para não responder mesmo. O que a ciência provou não se discute, e ainda há alguns seres iluminados, tipo deuses que o mundo outorgou o Olimpo, que são completamente inquestionáveis. O Divino é apenas interpretação de desejos mal resolvidos. Um dos grandes planos do Inimigo foi banalizar as obras visíveis do Criador deixando elas estáticas, escondidas sob muita falácia da ciência moderna, ou em resoluções humanistas, em nome do politicamente correto (esse é um dos piores venenos da serpente), enfim, o mundo “iluminado” é cheio de empáfia, sem gosto, sem cor, distante, morno e sem luz.

Eu anseio que um dia que os homens sejam livres, pois a ideia é a pior prisão que pode haver pra um ser pensante. Nosso inimigo sabe disso. E o pior é que nós vivemos em muitas delas! Ideias são pura energia para o motor da máquina humana. Sem inspiração não saímos do canto. Ideias podem ser traduzidas como parte pulsante do coração. É de lá que saem os pensamentos, palavras e ações. O coração é uma interpretação de nossa alma, daquilo que realmente somos e vivemos em prisões muitas vezes, por que o coração não é nosso amigo. Ele é enganoso, corrupto, verdadeiramente doente, por si mesmo, não tem cura. E agora?

Outra grande falácia do mundo moderno reside em determinadas ciências humanistas, bem recentes, que desprezam o poder das Escrituras e se colocam como detentoras do conhecimento da alma humana através de homens que julgaram entre si mesmos e classificaram muitos dos seus pecados como transtornos. A alma do homem é complexa demais, não dá pra uma fórmula resolver as disparidades que ela traz. Talvez até enxergue a superfície, mas o coração do homem é como águas profundas. Mas ideia foi lançada, e bem incorporada, é fácil ouvir muitas pessoas falando um outro idioma construído, justificando suas impudências em nome da ciência. É trauma, é psicossomático, é isso é aquilo, só não é pecado, ou mesmo uma ação direta do próprio Criador. Deus pode fazer a alma padecer, para o propósito que só Ele sabe. A vida cristã é um grande desafio, e viver o evangelho, como a grande ideia de Deus para redimir o homem, é a resposta.

Eu tenho muito temor em pensar no sobrenatural, pois muitas denominações no presente século, desprezaram a manifestação do extranatural, mas sei que Deus fala, e Ele é que é o dono da Luz, foi Ele que traçou o caminho do Sol. Uma das maiores manifestações do sobrenatural é quando Deus fala, através de sua Palavra. Homens e mulheres são transformados pelas mesmas palavras escritas a séculos atrás. Através da palavra a voz de Deus é audível, e só ela consegue penetrar entre juntas e medulas, e fazer a diferença entre alma e espírito. "Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei. Sl 199:19" — Não precisamos de outra ideia. Nada Além das Escrituras.

Também costumo ouvir outras versões de relatos científicos, e é mágico ver que a Criação é bem maior do que a "ciência totalitária" costuma impor. Talvez seja preguiça nossa não olhar o céu, e persegui-lo afim de ver sua imensidão. Mas a ideia que proponho é essa, amparada nas Escrituras, sempre posso olhar além, além do mar de Cristal no Firmamento, onde as estrelas se banham, no lugar onde Deus habita.

Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. Salmos 19:1-3

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